Tuesday, March 20, 2007

Quanto custa um pouco de felicidade quando já não tens como pagar o preço da virtude desejada?
Qual é a cor que tu anseias para pintar a tua vida em tons de cinza?
Quem diz o nome destas inverdades jamais ditas ao sopro dos sete ventos que batem à porta?
Que me tem, que me tem?
Que recolhe as flores na entrada do caminho e descarrega no mesmo copo em que guarda um pedaço de si.
Que me bebe por inteira, que me faz verde quando sinto lilás.
Que me tem, que me tem?

Monday, March 12, 2007

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Nada que sobra destes recipientes devolve o gosto
Envolve as pernas, a meia-calça vermelha
O salto que rasga o peito que, ferido, no conforto se abre
A lucidez que dá as costas
A mão que dá o tapa
O vulto que cerca a mesa
A rejeição do "eu lírico"
Eu, desumano, sondando o corpo
Aquilo que não sentiu
Não provou, repulsivo
E a ficção que torna a agredir
Tapa na cara, e um salto ao peito que me dá as costas
O último gole pela sanidade do (m)eu.
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Que se curve como diante da luz resplandescente
Que evapore como a chuva no asfalto ardente
Que transborde como o sangue da veia aberta
Que seja apenas algo que não faça calar

Caído soa como a sublevação do intimidado
Restituído de uma noite em claro
Sobre a fundura da poeira sobre a mesa
Irascível seja.

Virtudes e excessos confusos
Dignidade à prova de furto
Sobre o andarilho
Sobre o diamante
A sede do trouxa
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Ai, cara... sei lá. Tô em uma daquelas "crises".

Nada existencial, nada pessoal, nada sentimental.
Minha vida está ótima, obrigada.
Que rola?
Acho que é a fome que me corrói o estômago momentaneamente.
Vontade de excluir conta do orkut, apagar todas as imagens em que minha pessoa aparece publicamente e mudar para o Ártico.
Sentidos?
Nenhum, só me deu uma puta vontade de ser "somente eu" por sessenta minutos.
Pessoas são repulsivas.
Mentira, muitas são adoráveis e dóceis.
Que me faz pensar?
Sai daqui, pára de ler minha cabeça convulsionada.