Monday, December 15, 2008


Posso dizer que no momento da queda da maioria das coisas que conheço, acabo me sentindo em "alta". Nada me valorizou de fato para que sentisse assim, mas simplesmente parece que minhas hemorragias constantes acabaram. Incrível!
Certamente será apenas mais um momento de reflexão que a vida me proporciona, algo como "dê um gole d'água ao que tem sede que este será seu escravo" ou "o melhor tempero é a fome". Isso significa, nada mais, nada menos, que estou supervalorizando uma alegria fictícia, uma vez que minhas lamentações e desesperos tomaram 99% da minha vida. Agora piso em ovos, sem precisar puxar tapetes.

Thursday, September 11, 2008


Na rua, chove.
Mas não chove apenas do modo que costumo conhecer.
Chove avesso, contrário, formando ângulos que meus olhos, marejados, acompanham o tilintar.
Dentro, profundo, vazio, chove o tempo bom, incompreensível somente quando estou no pé da realidade. Mas não como agora.
Se tu pudesse sentir o que sinto, que sente a chuva, que senti ao anoitecer matutino (belíssimo)




.choveria comigo.

Monday, August 18, 2008

A boa filha retorna ao ventre da criadora.
Estarei perdida ou, simplesmente, me livrando dos demônios interiores?

Thursday, February 07, 2008

Estranho...
Estranha é a vida, que tem tanto sentido para aquele que fez questão de não aceitar os fatos e nada para o que não pôde aproveitá-la em busca de ter-ser sempre o melhor.
Estranho também é acordar todos os dias querendo que seja o último e torcendo para que seja o primeiro de uma nova fase.
(E quem ainda me diz que sou incapaz?)
Pudera eu fazer tudo trabalhar no sentido anti-horário para poder recomeçar... Mas quem diz que as fotos, lembranças concretas do inexorável viver, representam os fatos?
Fico eu, assim como tu, degustando poucas mechas do cabelo que me vem à boca no contra-vento.

Engula seu orgulho.



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